Blog do Estudante de Atuariais: Administração Financeira
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quinta-feira, 21 de março de 2019

DIVIDENDOS E POLÍTICA DE DIVIDENDOS - Lista de Exercícios Resolvidos


1.     Quais são os diferentes tipos de dividendos?
R: O termo dividendo, geralmente, refere-se à distribuição de lucros em dinheiro. Se os pagamentos forem feitos com outras fontes que não sejam lucros correntes ou acumulados, utiliza-se o termo distribuições em vez de dividendos. Entretanto, é aceitável referir-se à distribuição de lucros como um dividendo e à distribuição de capital como dividendo de liquidação.
DIVIDENDOS: distribuições de lucros da empresa aos acionistas, sob a forma de dinheiro ou ações.
DISTRIBUIÇÕES: pagamentos feitos pela empresa a seus donos de outras fontes que não os lucros correntes ou acumulados.

Os tipos básicos de dividendos são:
- Dividendos regulares (pagamentos em dinheiro feitos por uma empresa a seus donos no curso normal das operações, geralmente quatro vezes ao ano);
- Dividendos extraordinários (dividendo pago, porém há uma sinalização de que pode não ser pago no futuro);
- Dividendos especiais (é análogo, visto como atípico e único, não será repetido);
- Dividendos de liquidação (significa que a empresa está sendo liquidada no todo ou parcialmente).

2.     Quais são os mecanismos de pagamento de dividendos?
R: Os mecanismos de pagamento de dividendos são os Dividendos pagos em dinheiros, pagos em ações (bonificações), e uma alternativa dos dividendos pagos em dinheiros, qual seja, recompra de ações.

3.     Como o preço de uma ação deveria alterar-se quando a ação de tornasse ex-dividendo?
R: Espera-se que o preço da ação diminua aproximadamente pelo valor do dividendo quando se torna ex-dividendo.

4.     Os dividendos são irrelevantes?
R: A política de dividendos é a maneira pela qual os dividendos são distribuídos no tempo, há um argumento muito forte a favor da irrelevância da política de dividendos. Os dividendos não são irrelevantes, mas a política de dividendos é irrelevante (porque a escolha de aumentar ou diminuir dividendos atuais não afeta o valor da empresa).
Política atual: dividendos iguais ao fluxo de caixa. - dividendos são iguais ao fluxo de caixa de $10.000, existem 100 ações; portanto o dividendo por ação é igual a $ 100.
P = _D1_ + ­ _D2_  = 175,55
       (1+R)    (1+R)²
Política alternativa de dividendos: dividendos iniciais menores do que o fluxo de caixa, ex. ... = 175,55
Mesmo valor nas duas políticas.
5.     Quais são algumas das razões para índices baixos de distribuição de dividendos?
R: As razões são os impostos e os custos de lançamentos de ações.

6.     Quais são as implicações da existência de clientelas para a política de dividendos?
R: Efeito clientela: Argumento segundo o qual ações atraem grupos particulares com base na taxa de dividendos e no efeito fiscal resultante.
O argumento do efeito clientela diz que grupos distintos de investidores desejam níveis de dividendos diferentes. Quando a empresa se decide por uma política de dividendos, o único efeito é atrair uma determinada clientela. Se altera sua política, passa então a atrair uma clientela diferente.

7.     O que é política de dividendos residual?
R: Política segundo a qual a empresa paga dividendos apenas após ter financiado suas necessidades de investimento, mantendo o quociente desejável entre capital de terceiros e capital próprio.
O ponto chave da abordagem residual é o de que os dividendos só serão distribuídos após todas as oportunidades de investimento rentáveis terem sido exauridas.

8.     Qual é a principal desvantagem de uma política residual estrita? O que muitas empresas fazem na prática?
R: Uma política de dividendos intermediária está baseada em cinco objetivos principais:
1 – evitar desprezar projetos com VPL positivo para pagar dividendos;
2 – evitar reduções de dividendos;
3 – evitar a necessidade de emissões de novas ações;
4 – manter um quociente ótimo entre dívidas e capital próprio;
5 – manter um índice desejado de distribuição de dividendos
Em nossa abordagem residual estrita, consideramos que a empresa mantém um quociente entre dívidas e capital próprio fixo.
Pode-se minimizar o problema da instabilidade de dividendos criando dois tipos de dividendos: regulares e extraordinários
O índice de desejado de distribuição de dividendos: índice desejável a longo prazo de distribuição de dividendos como proporção do lucro.

9.     Por que uma recompra de ações pode fazer mais sentido do que o pagamento de um dividendo extraordinário?
R: Recompra de ações é um método utilizado para distribuir lucros da empresa a seus donos, que proporciona um tratamento fiscal mais vantajoso do que o de dividendos.

10.  Por que nem todas as empresas utilizam recompras de ações em lugar de pagar dividendos?
R: Porque a recompra aparentemente oferece um benefício fiscal, pois o acionista só paga impostos de realmente opta por vender as ações e há um ganho de capital nessa venda, ao contrário do dividendo, que é totalmente tributável, porém a Receita Federal não permite que a recompra seja feita apenas para evitar imposto de renda, precisa existir algum motivo operacional para isso. Provavelmente o motivo mais comum é o de que ações são um bom investimento.

Recompra de ações e LPA – uma recompra de ações oferece benefícios porque o LPA aumenta, o motivo é que a recompra reduz o numero de ações, não tem efeito sobre o lucro total, portanto o LPA aumenta. O aumento do LPA é apenas um ajuste contábil que reflete (corretamente) a alteração do número de ações existentes.

11.  Qual é o efeito de um desdobramento sobre a riqueza do acionista?
R: Bonificação é o pagamento feito pela empresa a seus acionistas na forma de ações, diluindo o valor de cada ação existente (o efeito da bonificação é aumentar o numero de ações que cada acionista possui, como passam a existir mais ações, cada ação passa a valer menos (não é, na realidade, um dividendo, porque não é paga em dinheiro).
Desdobramento é essencialmente a mesma coisa que uma bonificação, exceto pelo fato de que os desdobramentos são expressos como quocientes, em vez de porcentagens. Quando um desdobramento é declarado, cada ação é desdobrada para criar ações adicionais. Desdobramento é um aumento da quantidade de ações existentes de uma empresa sem haver alteração do patrimônio liquido.
Desdobramentos e bonificações não alteram nem a riqueza dos acionistas nem a riqueza da empresa, pois são simplesmente transações contábeis.

12.  O que é agrupamento?
 R: Agrupamento é a combinação de ações reduzindo o número de ações de uma empresa, uma operação financeira menos freqüente, pode-se argumentar que os agrupamentos não provocam mudanças nada substanciais na empresa. Três explicações são citadas para os agrupamentos:
- Os custos de transação para os acionistas podem diminuir após o agrupamento;
- A liquidez e a negociabilidade da ação da empresa podem melhorar quando o preço sobe para um intervalo popular de negociação;
- As ações negociadas a um baixo de um determinado nível não são consideradas respeitáveis.
Alguns analistas argumentam que o agrupamento pode trazer respeitabilidade instantânea.

ALAVANCAGEM E ESTRUTURA DE CAPITAL - Lista de Exercícios Resolvidos


1.     Qual a relação entre o WACC e o valor da empresa?
R: WACC é o conceito de custo médio ponderado de capital de uma empresa. A principal razão para se estudar o WACC é que o valor da empresa será maximizado quando o WACC for minimizado. Para enxergar isso, lembre-se que o WACC é a taxa de desconto apropriada para os fluxos de caixa gerais da empresa. Como os valores e as taxas de desconto de movem em direções opostas, minimizar o WACC maximizará o valor dos fluxos de caixa da empresa.
2.     O que é a estrutura ótima de capital?
R: Desejamos escolher a estrutura de capital que minimiza o WACC, dizemos que uma estrutura de capital é melhor do que outra se o resultado for diminuir o custo médio ponderado de capital. Além disso, dizemos que um quociente específico entre dívidas e capital próprio será a estrutura ótima de capital se resultar no menor WACC possível. Essa estrutura ótima de capital algumas vezes também é denominada estrutura “desejada” de capital.

3.     Qual é o impacto da alavancagem financeira sobre os acionistas?
R: Alavancagem financeira é a intensidade com a qual a empresa está endividada. Quanto mais financiamento por meio de capital de terceiros a empresa utilizar, maior será a alavancagem financeira empregada. Ela pode alterar dramaticamente os resultados para os acionistas de uma empresa. Curiosamente, porém, a alavancagem financeira pode não alterar o custo geral de capital da empresa. Se isso é verdade, então a estrutura de capital da empresa é irrelevante.
O efeito da alavancagem financeira depende do LAJI (lucro antes de juros e impostos) da empresa. Se o LAJI for relativamente alto, a alavancagem será benéfica.
De acordo com o cenário esperado, a alavancagem aumentará o retorno dos acionistas, medido tanto pelo ROE (retorno sobre o capital próprio) quanto pelo LPA (lucro por ação).

4.     Qual é o efeito da alavancagem feita em casa?
R: Alavancagem feita em casa é o uso de empréstimos pessoais para alterar o montante geral de alavancagem financeira ao qual o indivíduo está exposto. Os acionistas podem ajustar o montante de alavancagem financeira por meio de empréstimos e aplicações feitos por eles mesmos.

5.     Por que a estrutura de capital da TRANS AM é irrelevante?
R:  Porque  o preço da ação permanecerá o mesmo, independente se os empréstimos forem a nível de PF ou PJ.

6.     O que diz a disposição I de M&M?
R: A disposição I de M&M diz que a maneira de combinar financiamentos escolhida pela empresa é completamente irrelevante. O valor da empresa independe de sua estrutura de capital.

7.     Quais são os três fatores determinantes do custo de capital próprio da empresa?
R: O custo de capital próprio depende de três coisas: da taxa exigida de retorno sobre os ativos da empresa, do custo de capital de terceiros, e do quociente entre dívidas e capital próprio, essa é a famosa PROPOSIÇÃO II de M&M.

8.     O risco sistemático total do capital próprio de uma empresa tem duas partes, quais são elas?
R: O risco sistemático total do capital próprio tem duas partes: risco operacional (o risco do capital próprio que decorre da natureza das atividades operacionais da empresa) e risco financeiro (o risco do capital próprio que decorre da política de financiamento – isto é, da estrutura de capital – da empresa. A primeira parte depende dos ativos e operações da empresa e não é afetado por sua estrutura de capital. Dado o risco operacional da empresa (e o custo de capital de terceiros), a segunda parte é determinada completamente pela política de financiamento. O custo de capital próprio da empresa sobe com o aumento do uso da alavancagem financeira, porque o risco financeiro do capital próprio cresce enquanto o risco operacional permanece o mesmo.

9.     Qual é a relação entre o valor de uma empresa com dívidas e uma empresa sem dívidas, uma vez que consideramos o efeito do imposto de renda de pessoa jurídica?
R: O fluxo de caixa da empresa com dívidas é superior ao fluxo da empresa sem dívidas, pois há uma redução de impostos a pagar visto que o lucro tributável da empresa com dívidas é menor, tornando os impostos mais baixos. Denomina-se essa redução de impostos a pagar de benefício fiscal do uso de capital de terceiros (a redução do imposto a pagar obtida por uma empresa graças à dedutibilidade das despesas de juros para fins fiscais).

10.  Se considerarmos apenas o efeito do imposto de renda, qual será a estrutura ótima de capital?
R: Considerando apenas o efeito do imposto de renda, a estrutura ótima de capital conteria 100% de capital de terceiros. (Porém não está considerado o impacto do custo de falência, que pode alterar essa estrutura).

11.  O que são custos diretos de falência?
R: Custos diretos de falência são os custos associados diretamente à falência, tais como despesas legais e administrativas.

12.  O que são custos indiretos de falência?
R: Os custos indiretos de falência são os custos de evitar um processo de falência, incorridos por uma empresa em dificuldades financeiras.
13.  Você pode descrever o equilíbrio que define a teoria estática da estrutura de capital?
R: A teoria estática da estrutura de capital é o equilíbrio entre o nível de endividamento e a possibilidade de dificuldade financeira. Diz-se que a empresa toma emprestado até o ponto no qual o benefício fiscal de um dólar adicional de capital de terceiros é exatamente igual ao custo oriundo do aumento da probabilidade de dificuldades financeiras. Chama-se de teoria estática porque supõe que os ativos e as operações da empresa sejam fixos, e considera-se que é apenas o quociente entre dívidas e capital próprio que pode ser alterado. Teoria estática da estrutura de capital: estrutura ótima de capital e valor máximo da empresa. De acordo com a teoria estática, o ganho oriundo do benefício fiscal é anulado pelo custo de dificuldades financeiras. Há uma ótima estrutura de capital que iguala o ganho adicional com a alavancagem ao custo adicional de dificuldades financeiras.

14.  Quais são os fatores importantes na tomada de decisão sobre a estrutura de capital?
R: A estrutura de capital que maximiza o valor da empresa também é aquela que minimiza o custo de capital.
Os fatores importantes são os impostos e as dificuldades financeiras. Deve-se considerar o benefício fiscal da alavancagem, importante para empresas que pagam impostos. Para empresas com grandes prejuízos fiscais acumulados, o beneficio da alavancagem é praticamente não tem valor. Além disso, empresas com benefícios fiscais substanciais provenientes de outras fontes, tais como depreciação, terão menos benefícios com o uso de capital de terceiros. Nem todas as empresas têm a mesma alíquota de imposto de renda, quanto maior a alíquota, maior o incentivo para tomar dinheiro emprestado.
As dificuldades financeiras são consideradas por empresas que têm risco maior de enfrentá-las, elas tomarão menos empréstimos do que empresas com risco menor. Dificuldades financeiras são mais dispendiosas para algumas empresas do que para outras, esse custo depende principalmente dos ativos da empresa.

15.  Que regularidades observamos em termos de estrutura de capital?
R: Quociente entre capital de terceiros e capital próprio relativamente baixo.

16.  Que é RPA (em relação ao procedimento de falência)?
R: FALÊNCIA É O PROCEDIMENTO LEGAL PARA LIQUIDAR OU REORGANIZAR UMA EMPRESA.
- Falência econômica: utilizado para se referir a situações nas quais uma empresa foi liquidada com perdas para os credores, mas até mesmo uma empresa financiada unicamente por capital próprio pode falir economicamente.
- Falência legal: Empresas ou credores requerem falências perante um tribunal federal. A falência é um procedimento legal para liquidar ou reorganizar uma empresa.
- Insolvência técnica: ocorre quando uma empresa se torna incapaz de honrar suas obrigações financeiras.
- Insolvência contábil: empresas com patrimônio líquido negativo são insolventes em termos contábeis. Isso ocorre quando o valor contábil do passivo total é maior do que o valor contábil do ativo total.

RPA é a regra que estabelece prioridades de recebimentos em caso de liquidação.

17.  Qual é a diferença entre liquidação e reorganização?
R: LIQUIDAÇÃO é o término da empresa como organização ativa.
REORGANIZAÇÃO é a reestruturação financeira de uma empresa falida que tenta manter a empresa como uma organização ativa.
A ocorrência de uma ou outra depende de se a empresa vale mais “morta” ou “viva”.