Administração Financeira - RISCO E RETORNO - Lista de Exercícios Resolvidos - Blog do Estudante de Atuariais

quinta-feira, 21 de março de 2019

Administração Financeira - RISCO E RETORNO - Lista de Exercícios Resolvidos


1.     O que é risco, no contexto da tomada de decisões financeiras?
R: Risco é a possibilidade de perda financeira. Os ativos considerados mais arriscados são os que oferecem maiores possibilidades de perda financeira. A palavra risco é usada como sinônimo de incerteza e refere-se à variabilidade dos retornos associados a um ativo.

2.     Defina retorno e descreva como calcular a taxa de retorno de um investimento.
R: O retorno é o ganho ou perda total sofrido por um investimento em certo período. É comumente medido pela soma dos proventos em dinheiro durante o período com a variação de valor, em termos de porcentagem do valor do investimento no início do período.

kt= Ct+Pt+Pt-1
             Pt-1
Kt = taxa observada, esperada ou exigida de retorno durante o período t
Ct = Fluxo de caixa recebido com investimento no ativo no período de t-1 a t
Pt = Preço (valor) do ativo na data t
Pt-1 = Preço (valor) do ativo na data t-1

3.     Compare as seguintes atitudes em relação a risco: (a) aversão; (b) indiferença; (c) propensão. Qual delas é mais comum entre os administradores financeiros?
R: aversão ao risco é quando o retorno exigido aumenta quando o risco se eleva;
Indiferença ao risco é quando o retorno exigido não varia quando o nível de risco varia (aum., dim.)
Propensão ao risco é quando o retorno exigido cai se o risco aumenta.

4.     Explique como se usa a amplitude na análise de sensibilidade.
R: A amplitude é encontrada subtraindo-se o resultado pessimista do resultado otimista dos retornos associados a um ativo. Quanto maior ela for, maior será a variabilidade, ou seja, o risco do ativo.
A > RISCO MAIOR, A < RISCO MENOR. Apesar de rudimentar, oferece ao responsável pela tomada de decisões uma noção do comportamento dos retornos que pode ser utilizada para estimar o risco existente.

5.     O que mostra um gráfico de distribuição de probabilidades dos resultados a respeito do risco de um ativo para uma pessoa que precisa tomar uma decisão?
R: Uma distribuição de probabilidades é um modelo que associa probabilidades aos eventos correspondentes. O tipo mais simples é o gráfico de barras, que mostra somente o numero limitado de combinações entre eventos e probabilidades. O gráfico mostra a distribuição dos retornos onde é possível visualizar as dispersões, aquele que apresentar maior dispersão será o mais arriscado (se o retorno for o mesmo).

6.     Qual é a relação entre a magnitude do desvio-padrão e o grau de risco de um ativo?
R: O indicador mais comum do risco de um ativo é o desvio-padrão, o qual mede a dispersão em torno do valor esperado. O valor esperado do retorno é o retorno mais provável de um ativo. Em geral, quanto maior o desvio-padrão, mais alto o risco.

7.     Quando se deve preferir o coeficiente de variação ao desvio-padrão na comparação de riscos de ativos?
R: O coeficiente de variação , CV, é uma medida de dispersão relativamente útil na comparação dos riscos de ativos com retornos esperados diferentes:

CV = desvio-padrão
               Retorno

QUANTO MAIOR O COEFICIENTE DE VARIAÇÃO, MAIOR O RISCO.
A utilidade real do coeficiente de variação vem da comparação dos riscos de ativos que possuem retornos esperados diferentes. Com retornos esperados iguais olha-se o desvio-padrão, com retornos esperados diferentes olha-se o retorno e o CV, pois é mais eficaz para comparar os riscos de ativos porque considera a magnitude relativa, ou seja, o retorno esperado dos ativos.

8.     O que é uma carteira eficiente?
R: Carteira eficiente é aquela em que o administrador financeiro maximize o retorno para certo nível de risco ou minimize o risco para determinado nível de retorno, é preciso, portanto, uma maneira de medir o retorno e o desvio-padrão de uma carteira de ativos. Feito isso, deve-se examinar o conceito estatístico de correlação, subjacente ao processo de diversificação utilizado para construir uma Carteira Eficiente.  O CONCEITO DE CORRELAÇÃO É ESSENCIAL NA CONSTRUÇÃO DE UMA CARTEIRA EFICIENTE.
O RETORNO DE UMA CARTEIRA É A MEDIA PONDERADA DOS RETORNOS DOS ATIVOS INDIVIDUAIS QUE COMPÕEM ESTA CARTEIRA.

9.     Por que é importante a correlação entre retornos de ativos? De que maneira a diversificação permite que ativos com risco sejam combinados de modo a fazer com que o risco da carteira seja inferior ao risco dos ativos individuais que a compõem?
R: A correlação é uma medida estatística da relação entre duas séries de números quaisquer. Os números podem representar dados de qualquer espécie. Se as duas séries variam na mesma direção, diz-se que são positivamente correlacionadas e, em direções opostas, negativamente correlacionadas. O grau de correlação é medido pelo coeficiente de correlação, que varia de +1, no caso de séries entre as quais há correlação positiva perfeita (movem-se juntas), e -1 no caso de series com correlação negativa perfeita (movem-se em direções exatamente opostas).  Melhor combinar ativos negativamente perfeitos, eles diminuem o risco total da carteira (maior diversificação).

10.  De que maneira a diversificação internacional aumenta as possibilidades de redução de risco? Como ela poderia resultar em retornos abaixo do satisfatório? O que são riscos políticos e como afetam a diversificação internacional?
R: A diversificação internacional diminui as possibilidades de risco porque reduz a sensibilidade da carteira a movimentos de mercado e a flutuações de taxas de câmbio. Em períodos longos, os retornos de carteiras internacionalmente diversificadas tendem a ser superiores aos de carteiras que contenham somente ativos domésticos.
Os riscos com a diversificação internacional são: riscos políticos, flutuações cambiais, riscos econômicos.

11.  Qual é a relação entre risco total, risco não diversificável e risco diversificável? Por que o risco não diversificável é o único relevante?
R: O risco total é a soma do risco diversificável ao não diversificável.
O risco diversificável (não sistemático) representa a parte do risco de um ativo associado a causas aleatórias e que pode ser eliminada com a diversificação da carteira, é atribuível a eventos relacionados especificamente à empresa, greves, ações judiciais...
O risco não diversificável (sistemático) é atribuível a fatores de mercado que afetam todas as empresas e não pode ser eliminado por meio de diversificação (guerras, inflação, incidentes internacionais são responsáveis por este tipo de risco).
Como qualquer investidor pode criar uma carteira de ativos capaz de eliminar todo o risco diversificável, o único risco relevante é o risco não diversificável, qualquer investidor ou empresa deve preocupar-se somente com esse risco, sua mensuração é de importância fundamental para a seleção de ativos com as características mais desejáveis em termos de risco e retorno.
O MODELO CAPM – ESTE MODELO DE FORMAÇÃO DE PREÇOS LIGA O RISCO NÃO DIVERSIFICÁVEL AO RETORNO PARA TODOS OS ATIVOS. Apresentado em 5 partes.

12.  Que tipo de risco é medido pelo beta? Como se calcula o beta de uma carteira?
R: O coeficiente beta é uma medida relativa de risco não diversificável. É um indicador do grau de variabilidade do retorno de um ativo em resposta a uma variação do retorno do mercado. Os retornos históricos de um ativo são usados na determinação de seu coeficiente beta.
O beta de uma carteira pode ser facilmente estimado usando os betas dos ativos que a compõem.

13.  Explique o significado de cada variável na equação do modelo de formação de preços de ativos (CAPM). O que é linha de mercado de títulos (SML)?
R: Usando o coeficiente beta para medir risco não-diversificável, o modelo de formação de preços de ativos (CAPM) é dado na Equação:

Kj = Rf + [bj x (km – Rf)]

K = retorno exigido do ativo j
Rf = taxa de retorno livre de risco, comumente medida pelo retorno de uma letra do tesouro
bj = coeficiente beta ou indicador de risco não diversificável do ativo j
km = retorno do mercado, retorno da carteira de mercado de ativos

O CAPM pode ser dividido em duas partes: (1) taxa de juros livre de risco (Rf), ou seja, o retorno exigido de um ativo sem risco, tipicamente uma letra do tesouro, um título de dívida pública desse país e (2) o prêmio por risco. Esses são, respectivamente, os dois elementos de cada lado do sinal de soma na Equação. O termo (km – Rf), no prêmio por risco, é chamado de prêmio por risco do mercado, porque representa o prêmio que o investidor deve receber por assumir o nível médio de risco associado à posse da carteira de mercado de ativos.
QUANTO MAIOR FOR O BETA, MAIOR SERÁ O RETORNO EXIGIDO, AO PASSO QUE, QUANTO MENOR FOR O BETA, MENOR SERÁ O RETORNO EXIGIDO.

Quando o modelo de formação de preços de ativos (CAPM) é representado graficamente, recebe o nome de linha de mercado de títulos (SML). A SML, na verdade, é uma linha reta. Reflete o retorno exigido no mercado para cada nível de risco não diversificável (beta).

14.  Que impacto exerceria cada uma das seguintes mudanças sobre a linha de mercado de títulos e, portanto, sobre o retorno exigido para certo nível de risco? (a) Um aumento de expectativas inflacionárias, (b) os investidores se tornam menos avessos a risco.
R: Mudanças nas expectativas inflacionárias afetam a taxa de retorno livre de risco, Rf. A equação da taxa de retorno livre de risco é: Rf = k* + PI (variação de expectativas inflacionárias).
A inclinação da SML reflete o grau de aversão a risco: quanto maior a inclinação, maior é esse grau, prêmios por risco crescem de acordo com o grau de aversão ao risco.

15.  Por que os administradores financeiros encontram dificuldades para aplicar o CAPM na tomada de decisões financeiras? Em geral, que benefícios lhes é proporcionado pelo modelo?
R: o modelo de formação de preços de ativos geralmente apóia-se em dados históricos. Os betas podem refletir ou não a variabilidade futura dos retornos. Portanto, os retornos exigidos especificados pelo modelo podem ser vistos apenas como aproximações. Os usuários de betas comumente fazem ajustes subjetivos nos betas determinados com dados históricos para refletir suas expectativas em relação ao futuro.
O CAPM foi desenvolvido para explicar o comportamento de preços de títulos e fornecer um mecanismo pelo qual os investidores poderiam avaliar o impacto de um investimento em títulos sobre o risco geral e o retorno de suas carteiras. Baseia-se em uma hipótese de mercado eficiente...
O CAPM fornece um arcabouço conceitual útil para a avaliação e associação de risco com retorno.

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