Blog do Estudante de Atuariais: economia
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quinta-feira, 7 de março de 2019

Desigualdade Social


Os ricos do Brasil são muito mais ricos do que você imagina. São super-ricos. E ficam mais e mais ricos a cada dia que passa. Existem duas razões principais para isso. Os impostos da classe média e dos pobres vão para o bolso dos ricos. E os ricos pagam menos imposto que a classe média e os pobres.
Só agora a gente está entendendo quem são os super-ricos do Brasil. A análise tradicional, feita com as pesquisas do IBGE, não dão conta da realidade. Um novo estudo realizado pelos economistas Rodrigo Orair e Sérgio Gobetti, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), chega mais perto. Eles  analisaram os dados das declarações de imposto de renda das pessoas físicas. As conclusões são chocantes.
Segundo o IBGE, a renda média do 1% mais rico do país foi de R$ 214 mil em 2012. Mas segundo o estudo do IPEA, a renda anual do 1% mais rico é aproximadamente R$ 575 mil. Explicação: o IBGE não capta toda a renda das pessoas mais ricas, que tem muitas rendas provenientes do capital (como aplicações financeiras, aluguéis, lucros e dividendos).
R$ 575 mil já é uma boa grana: mais de R$ 40 mil por mês. Mas esses 1% ainda não são a elite. Os super-ricos do Brasil ganham acima de 160 salários mínimos por mês. São 0,05% da população economicamente ativa.
Os super-ricos brasileiros possuem um patrimônio de R$ 1,2 trilhão. Isso é 22,7% de toda a riqueza declarada por todos os contribuintes do Brasil. Essas 71.440 pessoas têm renda anual média de R$ 4.17 milhões, uns R$ 350 mil por mês. Tiveram em 2013, ano analisado pela pesquisa, um rendimento conjunto de R$ 298 bilhões.
E em 2015? Não sabemos, mas é seguro dizer que estão bem mais ricos que em 2015. Quem tem muito capital investe e recebe rendimentos financeiros enormes. Os juros no Brasil são sempre muito altos, mas agora estão estratosféricos. Trabalhar não tem nada a ver com a fortuna crescente dessa turma. Neste nível de renda, trabalha quem quer, não porque precisa.
Qual o negócio mais lucrativo e seguro do Brasil? Emprestar dinheiro para o governo. No Brasil, como na maioria dos países, as contas públicas não fecham no final do ano. Se você tem muita grana, não precisa de criatividade para enriquecer mais e mais. Basta comprar títulos públicos do governo, que paga juros altíssimos para financiar sua dívida. E de onde vem esse dinheiro para pagar os juros? Do Tesouro Nacional, dos impostos que todos os brasileiros pagam.
Mas alguns pagam mais que outros. O detalhe mais cruel sobre a desigualdade brasileira está aí. Os super-ricos brasileiros, esses que ganham mais de 160 salários mínimos por mês, pagam só 6,51% de sua renda de imposto de renda. Você leu certo. Um assalariado que ganhe R$ 5 mil por mês paga 27,5% de imposto de renda. A elite paga 6,51%, como demonstra o estudo do IPEA.
Como isso é possível? É que 65,8% da renda total desses super-ricos são rendimentos considerados isentos e não-tributáveis pela legislação brasileira. É o caso dos dividendos e lucros. Na prática, o imposto de renda aqui só é progressivo do pobre até a classe média, que é justamente a fatia da população que mais paga imposto de renda. É uma receita perfeita para aumentar cada vez mais a desigualdade social no Brasil. É garantia de injustiça, ignorância, violência. E até de atraso em outros campos. Se fala muito que o Brasil tem pouca inovação tecnológica, mas quem vai arriscar capital investindo em inovação, se você pode faturar com juros altos e não pagar quase nada de imposto?
Essa bizarria cruel é criação brasileira. Todos os países decentes, sejam ricos ou emergentes, tributam todos os rendimentos das pessoas físicas. Não interessa se a renda do salário, de aluguel ou de dividendos. É o justo. É o mais eficiente para o bom funcionamento dos países.
O estudo do IPEA não captura com precisão absoluta a pirâmidade social brasileira. Não dá conta de dinheiro escamoteado, de caixa 2 ou remessas enviadas ao exterior. Mas já dá uma noção do tamanho do escândalo. Agora, como é focado no Imposto de Renda, não leva em consideração outra grande injustiça do nosso sistema tributário, que são os impostos indiretos.
Os super-ricos pagam o mesmo imposto sobre produtos que você, eu ou a vovó que recebe Bolsa Família. Pagam o mesmo imposto pelo arroz, o café, o remédio, o fogão. Isso significa que proporcionalmente o pobre paga muito mais imposto a classe média. E infinitamente mais que a elite.
Os super-ricos não são os vilões dessa história. As regras estão aí para beneficiá-los. Não é ilegal. Certamente há na elite gente que topa abrir mão de suas vantagens, em benefício de quem mais precisa... Mas, como era de se esperar, existem super-ricos que atuam diretamente para que esse estado de coisas continue exatamente assim: juros altíssimos e taxação mínima. Basta isso para os donos do capital ficarem mais e mais ricos a cada ano que passa, sem trabalho, sem esforço, sem contribuir para o país.
Os super-ricos têm muito poder. Influenciam muito no debate político e econômico. Abundam na imprensa argumentos a favor de que as coisas se mantenham como são. E são super-ricos os financiadores das campanhas da maioria dos políticos, claro.
A recessão radicaliza a injustiça. Penaliza o trabalhador e o empreendedor, o importador e o exportador, o estudante e o aposentado. Esta recessão não veio do espaço sideral. Foram tomadas decisões erradas no passado? Claro, muitas, desde 1500. Mas não dá para mudar o passado. O futuro felizmente está ao nosso alcance.
Esse ano e os próximos serão muito difíceis. O cenário internacional é hostil. O cobertor está curto. É imoral e improdutivo continuar enriquecendo 0,5% com o dinheiro dos impostos dos 99,5%. Enfrentar os privilégios dos super-ricos é a pauta política e econômica fundamental de 2015 e dos próximos anos. O resto é resto.

quinta-feira, 15 de março de 2018

Deputados alteram regras e criam o IPE Saúde; entenda o que muda

Após uma semana de negociações, o Piratini aceitou acolher algumas sugestões dos deputados e aprovou, nesta terça-feira (13), os projetos remanescentes da separação do Instituto de Previdência do Estado (IPE). As medidas criam o IPE Saúde, mudam as regras para ingresso no sistema de cobertura médica e reorganizam o quadro de pessoal da autarquia.

Ao flexibilizar o texto original do projeto que muda o plano de saúde, o governador José Ivo Sartori conseguiu obter aval de parte da oposição às alterações. A emenda apresentada pelo líder do governo, Gabriel Souza (PMDB), aglutinando boa parte do teor de outras 22, teve voto favorável de PT, Psol e PC do B e passou por unanimidade, com 51 votos a zero.

Já o projeto em si acabou aprovado por 45 votos a seis. O texto final cria mecanismos para incentivar a permanência dos servidores no plano de saúde, cria serviços complementares e permite o ingresso de outras categorias profissionais, ampliando a base de contribuintes (veja as mudanças abaixo).

— O IPE estava acabando. Quem precisa de um serviço sabe como é difícil conseguir um médico. As medidas fortalecem o plano e garantem sua sobrevivência — avaliou Souza.

Apesar da facilidade expressa na votação em plenário, as reuniões para negociar ajustes no texto foram tensas. Cada ponto era discutido entre o presidente do IPE, Otomar Vivian, e o deputado Ciro Simoni (PDT), principal interlocutor das entidades de servidores.

Depois do consenso inicial, faltava ainda a anuência da Casa Civil e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). A sessão já havia começado, no início da tarde, e técnicos ainda redigiam trechos para serem enxertados no projeto.

— O governo foi sensível. Das 14 emendas que apresentei ao projeto, sete foram acolhidas na íntegra — reconheceu Simoni.

Uma das mudanças que mais assustava o funcionalismo era a o aumento da alíquota mensal de contribuição dos pensionistas, que dobraria de valor, passando de 3,1% para 6,2%.

Pelo texto original do projeto, em caso de falecimento do servidor, o governo deixaria de repassar a cota patronal. A pressão funcionou, e o Piratini manteve a alíquota atual de 3,1%, passando para o órgão do servidor falecido o encargo de quitar os outros 3,1% mensais.
Na sequência, foram votados o projeto que institui o IPE Saúde e o que reorganiza o quadro de servidores, inclusive com reajustes salariais que variam de 10% a 40%. Ambos foram aprovados por 31 votos a 18 e 48 votos a zero, respectivamente.

Na semana passada, a Assembleia já havia aprovado dois projetos do pacote de reestruturação do IPE. As matérias criaram o IPE Prev, gestor único do sistema previdenciário, e alteraram as regras para aposentadorias e pensões.

Veja as principais mudanças:

Adesão: o servidor continua obrigado a aderir ao IPE Saúde no ato de nomeação a cargo público, porém, tem 45 dias para pedir desligamento do plano. Se decidir sair e quiser entrar mais tarde, terá de cumprir carência antes de usufruir dos atendimentos.

Saída do plano: após aderir ao IPE Saúde, o segurado precisa permanecer contribuindo por pelo menos 12 meses antes de solicitar exclusão.

Planos especiais: serão criados planos especiais de cobertura, com contribuição maior e serviços mais amplos e exclusivos, e possibilidade de programas momentâneos, como adesão a campanhas de vacinação a custos reduzidos.

Atualização da cobertura: a cada dois anos, a diretoria deverá realizar estudos técnicos e atuariais para, se necessário, revisar a estrutura e o rol de cobertura assistencial, bem como os índices de contribuição dos segurados.

Contribuição dos pensionistas: após a morte do segurado, o pensionista continuaria pagando 3,1% de contribuição mensal. O texto original previa um aumento da alíquota para 6,2%, mas, por pressão dos servidores, ficou decidido que cada poder será responsável pelo repasse da cota patronal de 3,1%.

Ingresso de profissionais liberais: categorias profissionais como advogados, veterinários e engenheiros poderão aderir ao IPE Saúde. A nova lei permite convênios com as chamadas autarquias sui generis – como OAB, CREA, CRM e CRMV. A medida ainda precisa ser regulamentada.


Inflação acumulada é a menor desde 1999

Flavia Kurotori
Especial para o Diário do Grande ABC
10/03/2018 | 07:24
Fonte: www.dgabc.com.br

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial da inflação do País, registrou a menor marca para os 12 meses encerrados em fevereiro desde 1999, quando o índice havia sido de 2,24%, ante 2,84% neste ano. Os dados foram divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na avaliação de George Sales, professor de Finanças da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), o resultado foi impactado pela fraca atividade econômica do País. “Para se ter ideia, o PIB (Produto Interno Bruto) foi de apenas 1% em 2017, que aponta para uma economia parada.”

“Estamos na chamada ‘inércia inflacionária’, ou seja, com os resultados abaixo da meta no ano passado, os preços estão mais comportados, pois as empresas preferem reajustar menos do que perder mercado”, explica Wellington Ramos, economista da agência classificadora de risco Austin Rating.

No mês, o indicador acelerou frente a janeiro, quando a variação do IPCA foi de 0,29%, e ficou em 0,32% – menor marca para fevereiro desde 2000, quando alcançou 0,13% –, impulsionado pela alta de 3,89% nos custos de Educação, que reflete os reajustes nas mensalidades escolares. “É um efeito sazonal já esperado, porém, nos anos anteriores, a elevação chegou a 6%. Hoje, é difícil praticar este aumento, dado que o valor é baseado na inflação do ano anterior”, pondera Ramos.

Embora em janeiro os alimentos tenham encarecido, no mês passado voltaram a ser os ‘mocinhos’ do bolso do consumidor, com deflação de 0,33%. “Em 2017, as safras foram satisfatórias. Neste ano, a tendência é que os preços sejam mantidos, como reflexo da demanda reprimida e também porque o regime de chuvas que estamos vivendo favorece a produção”, afirma Sales.

PROJEÇÃO - Ainda que os dois primeiros meses de 2018 tenham obtido resultados abaixo do esperado, os especialistas acreditam que a inflação irá encerrar o ano dentro da meta do BC (Banco Central), que é de 4,5%, podendo variar 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. “Não há risco de fecharmos o ano abaixo da meta (como no ano passado), pois o IPCA está controlado”, observa Ramos. Ainda segundo o economista, a Austin Rating baixou a projeção da inflação para este ano, que passou de 4,2% para 3,8% após a divulgação das informações referentes a fevereiro.

Sales alerta que a política protecionista norte-americana pode prejudicar o País, a exemplo do aumento na taxa de importação de derivados de aço e alumínio anunciado nesta semana pelo presidente Donald Trump. “O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os Estados Unidos, cerca de um terço do que produzimos é destinado a eles. Se esta exportação for bloqueada, o dólar irá subir. Assim, os empresários daqui, como os produtores de alimentos, terão mais vantagem no mercado externo. Com a falta de alimentos interna, a inflação subirá”, explica.

sexta-feira, 9 de março de 2018

Em ano de eleições e Copa do Mundo, comerciantes esperam melhora nas vendas

Estatísticas do último trimestre de 2017 mostram boas perspectivas; aumento estimado para 2018 é de 3,5%

Passado o carnaval, os comerciantes do Distrito Federal esperam um ano melhor do que 2017, e foram justamente as estatísticas do último trimestre o motivo da expectativa positiva para 2018. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio/DF) prevê crescimento de 3,5% nas vendas até dezembro.
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“As estatísticas de dezembro foram superiores às de novembro. Percebemos que a curva passou a ficar ascendente”, explica o presidente da entidade, Adelmir Santana. As vendas cresceram 17,7% no último mês do ano em comparação a novembro.

Mesmo com a projeção positiva, Adelmir destaca que a recuperação é tímida, se comparada ao patamar de vendas em 2012 e 2013. “O ano de 2017, por exemplo, registrou baixa de quase 6% em relação a 2016. A partir de agora, a expectativa é de que o fluxo seja melhor que o do ano passado, mas a base de comparação é ruim.” A Copa do Mundo e a definição do futuro político nas eleições têm potencial, na visão dele, de contribuir para a melhora do cenário.

“Uma possível mudança de governo pode influenciar a retomada da economia. Já com o Mundial, as pessoas provavelmente vão se preparar para acompanhar as partidas, aumentando o volume de vendas”, diz. Ele realça, no entanto, que os próprios comerciantes devem provocar as mudanças, com criatividade e inovação.

Sabendo disso, a gerente de uma loja de calçados Nilcelene Soares instrui os funcionários a oferecerem um atendimento de qualidade. “Nosso trabalho precisa estar direcionado à necessidade do cliente. Não é só o preço”, conta. Para este ano, ela acredita que o volume de vendas na loja deva crescer 10%.

Os consumidores, contudo, ainda evitam projeções. O secretário parlamentar Arli Gois, 41 anos, prefere ser cauteloso. “É claro que eu gostaria de poder fazer compras com mais regularidade, mas sou um consumidor sábio. O atual momento do comércio não é bom, e nós não podemos extrapolar. O jeito é se adaptar à situação. Sempre fazer pagamentos à vista, para não acumular dívidas e comprar quando necessário”, explica.

Na avaliação de Roberto Piscitelli, professor do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília (UnB), o evento esportivo e as eleições são fatores secundários. “É bom que existam perspectivas otimistas, porque a economia se move também pelas expectativas. Porém, as quedas nas taxas de juros, facilidade de créditos, melhoria no mercado de trabalho são fatores muito mais fortes e importantes do que as eleições e Copa do Mundo. No entanto, esse tipo de promoção, marketing, pode, de fato, atrair consumidores e impulsionar alguns setores.”

Fonte: 
http://www.correiobraziliense.com.br

quarta-feira, 7 de março de 2018

São falsas as justificativas apontadas para a reforma da Previdência


 é advogado e professor de Direito Empresarial. Foi procurador de Justiça em São Paulo e também fundador e presidente do Movimento do Ministério Público Democrático (MPD).

Revista Consultor Jurídico, 26 de fevereiro de 2018, 8h00

TNU flexibiliza limite legal para família de preso receber auxílio-reclusão

A Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais firmou tese jurídica reconhecendo a flexibilização do conceito de “baixa renda” para o benefício previdenciário de auxílio-reclusão.

O abrandamento, porém, só pode ocorrer em situações extremas e quando o valor do último salário de contribuição do segurado preso for pouco acima do mínimo legal. A decisão, por maioria, foi tomada pelo colegiado na quinta-feira (22/2).

O auxílio-reclusão é concedido à família de presos em regime fechado ou semiaberto, apenas quando eles já tiverem contribuído com a Previdência Social. O valor do benefício depende da renda que o preso tinha quando trabalhava com registro em carteira — é feita uma média dos vencimentos —, e o último salário deve ser inferior a R$ 1.292,43.

No caso concreto analisado, o valor chegou a cerca de R$ 1.300, não ultrapassando R$ 70 do limite. A defesa do encarcerado alegou que o valor excedente era referente a adicionais noturnos e horas extras, montante que não integrava o salário de contribuição dele. O recurso à TNU, apontando divergência jurisprudencial, questionava decisão que havia dado razão ao INSS para negar o pagamento.

O relator do processo foi o juiz federal Ronaldo José da Silva. Para ele, na análise de proteção social, não se pode estabelecer um critério “absolutista”, defendendo a flexibilização na análise de casos concretos, sob pena de se violar a própria finalidade constitucional da norma protetiva.

A divergência foi aberta pelos juízes federais Fábio Cesar Oliveira, Guilherme Bollorini e Fernando Gonçalves. Para eles, o auxílio é calculado em bases atuariais, obedecendo a princípios da seletividade e da equidade na forma de participação de custeio, sendo vedada a flexibilização das regras.

O colegiado determinou o retorno dos autos para a turma recursal de origem a fim de adequar o julgado com base nessa nova interpretação. Com informações da Assessoria de Imprensa do CJF.

Processo 0000713-30.2013.4.03.6327


Fonte: https://www.conjur.com.br/2018-fev-24/tnu-flexibiliza-limite-familia-preso-receber-auxilio-reclusao

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Ressarcimento dos planos de saúde ao SUS não traz prejuízos ao consumidor

FenaSaúde avalia que não haverá impacto na operação das empresas nem nos preços dos planos

O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, nesta quarta-feira (07), o dispositivo que regula a obrigatoriedade dos planos de saúde de reembolsarem o Sistema Único de Saúde (SUS), previsto na Lei 9656/98. Na análise da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), a decisão do Supremo não trará impacto prático na operação das operadoras nem nos valores das mensalidades dos planos de saúde. Do início da regulação – a partir da criação da ANS – até o ano passado, as associadas à FenaSaúde já desembolsaram R$ 371,6 milhões ao SUS.


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Selic em 7% exige investimentos em renda variável

Acostumados com a cultura das altas taxas de juros, que sempre proporcionaram boa rentabilidade e segurança nos investimentos, os Fundos de Pensão brasileiros continuam tímidos quando o assunto é ações.
Apesar da legislação permitir o investimento de até 70% do patrimônio em renda variável, a alocação dos recursos nesses ativos raramente ultrapassa 20%.
Mas com a SELIC em 7% e a necessidade de cumprir metas atuariais de no mínimo 4,5% de rentabilidade real ao ano, não há outra maneira de buscar retornos maiores senão através da Bolsa de Valores e dos Fundos de Ações.
O mercado acionário foi o grande vencedor dentre as alternativas de investimentos no ano passado, com o Índice Bovespa valorizando-se 26,9%. E o grande destaque ficou por conta das ações de pequenas empresas - "Small Caps", cujo índice - SMLL- valorizou 49,3% no ano.
Os gestores que saíram na frente e acreditaram na Bolsa, apesar das turbulências dos últimos anos, obtiveram excelentes resultados em 2017.
Esse é o caso do Fundo Paraná de Previdência Multipatrocinada, que administra Planos Cooperativos de Previdência e segue caminho diferente da maioria dos fundos de pensão brasileiros desde sua criação, há 13 anos.
O Perfil Agressivo de sua carteira de investimentos aloca 40% dos recursos em renda variável através de Fundos de Ações Dividendos e Small Caps. Com performance muito boa já em 2016, fechou o ano de 2017 com 18,45% de rentabilidade, contra um INPC de 2,07%.
O Fundo de Small Caps, no qual investe 5% de seu patrimônio, rendeu 50,4%, e o Fundo de Ações Dividendos, que recebe outros 35%, valorizou-se 30,1% no ano.
Com a filosofia de que fundo de pensão é para fundistas e não velocistas, o Fundo Paraná colhe os frutos da disciplina, perseverança e paciência na sua Política de Investimentos, tendo entregue resultados superiores à sua meta atuarial, mesmo com cenários adversos oriundos de todas as crises mundiais e nacionais desde a sua criação.


Site Terra
Website: http://www.fundoparana.com.br

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Uso de cartões pré-pagos no exterior sobe 55% com retomada econômica

Fonte: DCI

Possível volatilidade do dólar ao longo de 2018 frente às discussões em torno das reformas e das eleições, no entanto, ainda influenciam o volume de compras internacionais pelos brasileiros


O uso de cartões pré-pagos por brasileiros no exterior cresceu 55% em dezembro de 2017 contra igual mês de 2016. Com tendência de alta ainda maior para 2018, movimento foi impulsionado pela recuperação econômica e pela maior estabilidade do câmbio.
De acordo com o CEO da Acesso, Paulo Kulikowsky, o crescimento dessas despesas internacionais com plásticos pré-pagos acontece, não apenas nos picos sazonais normais de férias, mas ao longo de todo um ano.
“Os brasileiros estão consumindo mais em geral e isso tem favorecido o segmento. Não só o uso dos cartões no exterior avançou 55%, mas a base de clientes também cresceu na mesma proporção”, avalia o executivo, reforçando que um fator motivacional é também a facilidade do cartão pré-pago, como o maior controle de gastos, a agilidade na recarga e também a possibilidade do uso do cartão para várias moedas estrangeiras diferentes.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Aumento de juros e calotes adiam renegociação de dívidas para 2019

O crédito para renegociação de dívidas caiu 41,6% desde o início da crise econômica do País – de novembro de 2015 até igual mês de 2017. A alta nos calotes também impulsionou um aumento de 9,1 pontos percentuais dos juros, na mesma relação. Com alto risco, retomada fica só para 2019.
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De acordo com o coordenador do MBA de finanças da faculdade Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), Valdir Domeneghetti, são várias as questões que envolvem esse aumento dos juros e o decréscimo das composições de dívida. “O principal viés é que, em...

Ler no site
Fonte: DCI

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Crescimento da economia impulsiona as captações de recursos no mercado

As empresas brasileiras buscaram R$ 198,9 bilhões em recursos no ano passado, um volume 59% maior que o registrado em 2016, só superado por 2010, quando teve a capitalização da Petrobras.

ERNANI FAGUNDES


Fonte: DCI

Opinião: Observa no gráfico os anos anteriores a 2014, antes do golpe do atual governo.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Ribeirão Preto registra a abertura de 27 novas empresas a cada dia, diz Empresômetro

O professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) da Universidade de São Paulo (USP), e blogueiro do Portal Revide, Valdir Domeneghetti, aponta que dois erros não podem ser cometidos de jeito nenhum pelos empresários. O primeiro é pegar empréstimos...
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Ribeirão Preto fechou o ano de 2017 com 102.841 empresas abertas, de acordo com o Empresômetro, do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O município foi o quarto no Estado com mais empresas abertas no último ano e apresentou um crescimento de 10% (o equivalente a 10 mil) na abertura de negócios em relação ao ano de 2016, que foi encerrado com 92,7 mil empresas abertas.
A cidade de São Paulo liderou o ranking com 1,7 milhão de empresas, seguida por Campinas (155,7 mil) e Guarulhos (125,8 mil). Atrás de Ribeirão Preto apareceu São Bernardo do Campo, com 85,6 mil empresas – em 2018 já foram abertas 1.344 em Ribeirão.
A grande quantidade de empresas em Ribeirão Preto comparada com outros municípios de mesmo porte é motivada pelo aumento de microempreendedores individuais (MEI). Segundo o Sebrae-SP, isso se dá pelo fato de muitas pessoas que perderam o emprego nos últimos anos resolverem abrir o próprio negócio, ou negócios que haviam sido fechados, que retomaram as atividades.
Fonte: Portal Revide

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Economista defende projeto de Nação

Editor Portogente
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O economista Antonio Corrêa de Lacerda, diretor da Faculdade de Economia, Administração, Ciências Contábeis e Atuariais, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (FEA-PUC-SP), defende um projeto de Nação para o País. Sem isso, assevera, o Brasil sofrerá com a adoção de políticas econômicas ruins e prejudiciais ao seu desenvolvimento. Ele lamenta que "de novo vemos um governo brasileiro cumprindo uma agenda de interesses internacionais e de empresas específicas”.

O professor observa que, num sistema capitalista, cumpre ao Estado – o feitor da política econômica – evitar a criação de distorções ainda maiores inerentes ao próprio regime. “Ou seja, regular o capitalismo de forma que ele cumpra uma contrapartida econômico-social – com a geração de empregos e renda, pagamento de impostos e compromisso com a sociedade. Sem isso, é a barbárie.”

Sobre a Medida Provisória 795/17, a das petrolíferas estrangeiras, ele explica que uma “uma renúncia fiscal por si só não é necessariamente ruim”; todavia, esclarece, “precisamos perguntar qual a contrapartida oferecida ao País”. Nesse caso específico, que vai fazer o País abrir mão de R$ 50 bilhões ao ano, não há nenhuma, critica. O que configura, argumenta, não uma renúncia fiscal, mas uma benesse. Lacerda faz questão de reafirmar: “Se o País abre mão de uma arrecadação fiscal ele deve ter uma contrapartida de no mínimo mais geração de receita. No entanto, essas empresas beneficiadas não têm nenhum compromisso com o País, nem de oferecer melhores recursos. Nada. Provavelmente esse tipo de renúncia fiscal sem qualquer contrapartida, como a MP 795 faz, seja inédita no mundo.”

Com a MP, as empresas estrangeiras do setor ficam isentas de pagamento do imposto de importação, do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), e das respectivas contribuições para o Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep-Importação), e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins-Importação).

FGC estuda limitar garantia por investidor a R$ 1 milhão

Valor Econômico
Por Adriana Cotias e Vinícius Pinheiro | De São Paulo

A cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que funciona como uma espécie de seguro para o investidor na compra de títulos bancários em caso de quebra de instituições financeiras, vai mudar. A proposta que está sendo finalizada e com mais chance de ser aprovada é a limitação da garantia a um volume global de R$ 1 milhão por CPF - a cobertura de R$ 250 mil por emissor seria mantida. A ideia é também impor restrições por distribuidor.
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quinta-feira, 27 de julho de 2017

Conceito do setor público (em contraposição ao setor privado)


Conceito do setor público

(em contraposição ao setor privado)

            Não parecem existir dúvidas de que os órgãos centrais de administração da União, Estados e Municípios, como os ministérios e as secretarias, por exemplo, integram o setor público. Essa certeza desaparece no caso de instituições como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e as Caixas Econômicas Estaduais, a Petrobrás, a Rede Ferroviária Federal, o Instituto Nacional de Seguridade Social e tantas outras.