Análise Econométrica de Série Temporal Sinistralidade Seguro de Vida - Introdução - Blog do Estudante de Atuariais

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Análise Econométrica de Série Temporal Sinistralidade Seguro de Vida - Introdução


Uma série temporal é qualquer conjunto de observações ordenadas no tempo. O objetivo inicial da análise de séries temporais é a realização de inferências sobre as propriedades ou características básicas do mecanismo gerador do processo estocástico das observações da série. Assim, através da abstração de regularidades contidas nos fenômenos observáveis de uma série temporal existe a possibilidade de se construir um modelo matemático como uma representação simplificada da realidade. Após a formulação do modelo, obtido pela seleção entre as alternativas de classes de modelos identificadas como apropriadas para essa representação e subsequente estimação de seus parâmetros, é possível utilizá-lo para testar alguma hipótese ou teoria a respeito do mecanismo gerador do processo estocástico e realizar a previsão de valores futuros da série temporal.
Optamos por escolher uma série temporal relacionada com a nossa área, Ciências Atuariais. Dessa forma, procuramos no site da SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), órgão responsável por regular e fiscalizar o mercado de seguros no Brasil. Escolhemos uma série temporal da sinistralidade do seguro de pessoas (vida) no Brasil, considerando o período de Janeiro de 1995 a Janeiro de 2011, totalizando 193 observações.
            O sinistro é a concretização de um risco coberto, no ramo vida, é quando ocorre a morte do titular do plano. A sinistralidade é o grau de ocorrência do sinistro e é calculada pela razão dos sinistros retidos e os prêmios ganhos, sendo que os sinistros retidos consistem em despesas operacionais de seguros relativas a sinistros e despesas de ajustes de sinistros, líquidas de resseguro, salvados, e recuperações e ressarcimentos.
            A modelagem feita dessa série se constituiu nas seguintes etapas:
            • Teste de estacionariedade (não tendenciosidade) via teste de raiz unitária de DickeyFuller Aumentado (ADF);
            • Análise da FAC (Função de Autocorrelação) e da FACP (Função de Autocorrelação Parcial) da série, como ferramenta de identificação dos possíveis modelos econométricos que explicam a série temporal;
            • Listagem, a partir da análise anterior, dos modelos candidatos;
            • Estimação, por Máxima Verossimilhança Exata, do modelo identificado;
            • Teste de Ljung-Box (Estatística Q) para verificar se não há autocorrelação nos resíduos estimados para cada modelo candidato;
            • Para os modelos candidatos, os quais seus resíduos não apresentarem autocorrelação (segundo a Estatística Q), o modelo que apresentar a menor estatística AIC (Akaike) e BIC (Schwarz) será escolhido como o modelo a ser utilizado;
            • Testes de Normalidade sobre os resíduos do modelo escolhido;
            • Teste de Heterocedasticidade (modelo ARCH);
            • Utilização do modelo para fazer previsões e análise da qualidade das previsões.
            Para a realização destes testes utilizamos o software estatístico Gretl e base de dados em planilha Excel.

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