Conforme
mencionado na seção anterior, a série a ser analisada foi obtida através do
banco de dados da SUSEP e relaciona 193 observações sobre a sinistralidade no
ramo de seguros de vida, durante o período de Janeiro de 1995 a Janeiro de 2011.
Abaixo apresentamos o gráfico da série bem como o correlograma da série
escolhida:
Gráfico
da Série Original
Analisando
o gráfico da série original, notamos que a mesma possui outliers que poderão
influenciar mais a frente nas previsões e nos testes. Esses outliers são
explicados por valores discrepantes que encontramos na série escolhida. Isso se
explica devido ao fato de a sinistralidade do seguro de vida não ser algo totalmente
previsível em todos os meses, podendo ocorrer meses com sinistralidades fora do
número esperado. As seguradoras em geral enfrentam problemas com este tipo de
seguro (assim como em outros também), pois existem tentativas de fraude que por
vezes podem aumentar significativamente a sinistralidade em um certo mês.
Correlograma da série original
O correlograma é o gráfico das
estimativas das autocorrelações, apresentando as informações da FAC e da FACP.
A análise da FAC e da FACP permite que possamos identificar o modelo que vamos
utilizar. A FAC permitirá identificar a ordem q de um processo MA (Médias
Móveis), enquanto a FACP, a ordem p de um processo AR (Processo
Autoregressivo).
Percebemos no nosso correlograma que
ele decai lentamente. Isso nos dá indícios de que a série possui tendência
estocástica. Para retirar essa tendência, devemos fazer a primeira diferença da
série. Entretanto, devemos primeiramente verificar a existência, ou não,
de estacionariedade nos dados temporais.
Para isso, realizamos o Teste de Raiz Unitária Dickey-Fuller Aumentado (ADF),
considerando-se um percentual de 95% de confiança.
O resultado obtido na realização
deste teste, utilizando-se constante, foi o seguinte:
Teste de Raiz Unitária sem constante da
série original
Teste de Raiz Unitária com constante da
série original
Teste de Raiz unitária com constante e
tendência da série original
Com base na análise dos resultados
dos testes ADF, bem como da FAC - Função de Autocorrelação - e FACP - Função de
Autocorrelação Parcial -, concluímos que a série não era estacionária, pois em todos os testes ADF realizados o p-valor
assintótico foi maior que 5% de significância, assim não rejeitamos a hipótese
nula de existência de raiz unitária. Além disso, há motivos que embasam esta
afirmação relacionados à análise da FAC, pois pode-se observar que a
autocorrelação demora a cair.
Gráfico da série original ao quadrado
Para buscarmos a estacionariedade na
série temporal, faremos então a primeira diferença da série, utilizando o
recurso do software. Desta forma, teremos uma nova série de dados, que será a
série original diferenciada uma vez.
Abaixo, apresentamos o gráfico da
nova série, bem como o seu correlograma:
Gráfico da Primeira Diferença
Correlograma da primeira diferença
Teste de Raiz Unitária sem constante da
primeira diferença
Teste de Raiz Unitária com constante da
primeira diferença
Teste de Raiz Unitária com constante e
tendência da primeira diferença
Após
fazermos a primeira diferença na série e torná-la estacionária, analisamos os
gráficos da FAC e FACP e escolhemos alguns candidatos para modelagem da série.
São eles:
–
MA(1);
–
AR(1);
–
ARIMA (1,1,1);
–
AR (com 12 defasagens específicas) MA(1).
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