Burocracia - Blog do Estudante de Atuariais

terça-feira, 19 de março de 2019

Burocracia


Reportagem 1:


Para brasilianistas, desigualdade enfraquece crescimento

Especialistas ouvidos pela BBC Brasil apontam ainda para melhoria da educação como chave para desenvolvimento.

O Brasil precisa resolver o problema da desigualdade social e melhorar a qualidade da educação pública para poder atingir um nível de desenvolvimento de país rico, na avaliação de acadêmicos consultados pela BBC Brasil como parte da série “O Que Falta ao Brasil?” que discute os desafios do país para se tornar uma nação desenvolvida.
"A desigualdade é o maior problema, porque ela enfraquece o crescimento econômico, leva a altos níveis de criminalidade e insegurança, e força o país a gastar seus escassos recursos com polícia e prisões", afirma o americano Barry Ames, diretor do departamento de ciência política da Universidade de Pittsburgh e especialista em Brasil no Centro de Estudos Latino-Americanos da instituição.
Para Ames, programas como o Bolsa Família não são suficientes para mudar a situação significativamente.
Ele defende uma posição mais ativa do governo para resolver o problema.
"No atual clima econômico mundial, a organização sindical não é capaz de levar a aumentos significativos nos salários reais, e o Brasil ainda está muito atrasado nas melhorias na qualidade da educação de massa para fazer uma diferença verdadeira", afirma.
"O Brasil não pode resolver seus problemas de desigualdade pelas forças do mercado ou institucionais, então seu governo precisa aumentar sua capacidade burocrática ao mesmo tempo em que reduz a corrupção e o clientelismo", diz.
Recursos intelectuais
O espanhol Gonzálo Gómez Dacal, diretor do Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Salamanca, a "melhoria substancial" da educação primária e secundária públicas é necessária para "colocar em produção os recursos intelectuais de toda a população".
"Uma grande parte da população não chega, apesar do talento, à formação superior", comenta. Para ele, se isso ocorresse, o país se beneficiaria "da capacidade de criação das pessoas inteligentes que formam parte das camadas mais desfavorecidas da população".
Em sua avaliação, para conseguir enfrentar o desafio da melhoria da educação pública no país, é necessário também "tornar mais equitativa a distribuição da riqueza e as condições de bem-estar social e material dos cidadãos".
Para Detlef Nolte, professor da Universidade de Hamburgo e diretor do Instituto de Estudos Latino-Americanos da GIGA (German Institute of Global and Area Studies), "reduzir a diferença entre os ricos e os pobres ainda é o maior desafio para o Brasil se tornar uma nação realmente desenvolvida".
No campo político, Nolte diz que o Brasil já se tornou uma força importante no campo internacional, mas deveria no futuro ter uma posição mais ativa na mediação de conflitos na América do Sul e bancar uma maior parcela dos custos da integração regional.
"Com isso, o papel de líder da região se tornará mais aceitável para seus vizinhos", afirma.


Portal G1 Globo - 28/09/2010 07h16 - Atualizado em 28/09/2010 07h16






Características e Disfunções da Burocracia



Características da Burocracia
Max Weber
Onde encontrada:


Especialização da administração


“... governo precisa aumentar sua capacidade burocrática”


Centralização do poder estatal

“...defende uma posição mais ativa do governo para resolver o problema”

Disfunções da Burocracia


Onde encontrada:


Merton: A ação social possui um paradoxo básico entre os efeitos desejados e os efeitos imprevistos
"...programas como o Bolsa Família não são suficientes para mudar a situação significativamente.”
"No atual clima econômico mundial, a organização sindical não é capaz de levar a aumentos significativos nos salários reais..."
Crozier: As soluções organizacionais são contingentes, indeterminadas e mudam com o tempo
“...e o Brasil está muito atrasado nas melhorias na qualidade da educação de massa para fazer uma diferença verdadeira”

Crozier: Mudança como processo de criação de um novo sistema de regras e normas pelos atores sociais

“...o Brasil já se tornou uma força importante no campo internacional, mas deveria no futuro ter uma posição mais ativa na mediação de conflitos na América do Sul e bancar uma maior parcela dos custos da integração regional.”


Reportagem 2:



Atletas com bom desempenho receberão bolsa de até R$ 15 mil

 

A medida provisória foi assinada nesta segunda (20) pelo presidente Lula.
Foram criadas duas novas categorias no programa Bolsa Atleta. 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira (20) uma medida provisória que amplia o programa Bolsa Atleta e prevê benefícios de até R$ 15 mil para esportistas com bom desempenho. A nova lei também modifica as regras para repasses de porcentagem da arrecadação de loterias federais para as confederações esportivas.
Com a MP, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) receberão as verbas mediante a assinatura de um contrato gerencial com metas a serem cumpridas pelas confederações. A legislação prevê que 2% da arrecadação em loterias devem ser destinados ao esporte, sendo que 85% são repassados ao COB e 15%, ao CPB. Os percentuais não serão modificados pela medida provisória.
A MP assinada por Lula prevê a criação de duas novas categorias no Bolsa Atleta, o Atleta Pódio e o Atleta de Base. Os esportistas que estejam nas primeiras 20 posições do ranking mundial em modalidades contempladas pelos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos receberão bolsas de até R$ 15 mil. Os benefícios serão válidos por quatro anos ou enquanto o atleta permanecer bem posicionado no ranking. Os casos de beneficiários serão definidos pelo governo federal, confederações, juntamente com patrocinadores, segundo o Ministério do Esporte.
O bolsa Atleta Base, por sua vez, prevê benefício mensal de R$ 370 a esportistas em destaque em categorias iniciantes de todas as modalidades. Segundo o ministro do Esporte, Orlando Silva, o objetivo é investir US$ 900 milhões no treinamento e formação de atletas até as Olimpíadas de 2016.
A medida provisória acaba ainda com a proibição de patrocínio aos atletas que recebem as bolsas federais. O objetivo é fazer com que o Bolsa Atleta seja mais uma fonte de recursos para estimular o esporte no país. O atleta que desejar receber os recursos do governo terá que passar por exame antidoping. As mudanças entram em vigor em 2012.
Em discurso, Lula disse que o Brasil precisa investir de forma sistemática no esporte. Segundo ele, a aplicação de recursos na formação de atletas brasileiros sempre dependeu da "boa vontade dos governantes". "É preciso atingir investimentos perenes nos esportes. [...] O Estado e as empresas públicas têm que bancar o acesso ao esporte", defendeu.
Cidade Esportiva
A MP assinada nesta segunda também cria o programa Cidade Esportiva, que prevê parcerias com estados e municípios com o objetivo de criar espaços para a formação de atletas. O foco será em modalidades previstas nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.

Portal G1 Globo - Nathalia Passarinho 20/09/2010 13h36 - Atualizado em 20/09/2010 14h13












Características da Burocracia
Max Weber
Onde encontrada:

Caráter legal das normas e regulamentos: baseado em legislação própria. Regras e normas previamente estabelecidas.

“...uma medida provisória”


“A nova lei também modifica as regras para repasses...”
Competência técnica e Meritocracia: escolha baseada no mérito e na
competência técnica, não em preferências pessoais

“Os esportistas que estejam nas primeiras 20 posições do ranking mundial (...) receberão bolsas de até R$ 15 mil.”


A remuneração deve ser igual para o exercício de cargos e funções semelhantes
“O bolsa atleta prevê benefício mensal de R$ 370,00 a esportistas em destaque em categorias iniciantes de todas as modalidades.”


Objetivos explícitos e estrutura formalizada
“...receberão as verbas mediante a assinatura de um contrato gerencial com metas a serem cumpridas pelas confederações.”
Direitos e deveres baseados no princípio da igualdade burocrática, evitando o clientelismo

“Os casos de beneficiários serão definidos pelo governo federal, confederações, juntamente com patrocinadores, segundo o Ministério do Esporte.”

Disfunções da Burocracia

Onde encontrada:


Selznick: Atores sociais são recalcitrantes e resistem ao controle social, devendo ser levados a cooperar
“....a aplicação de recursos na formação de atletas brasileiros sempre dependeu da "boa vontade dos governantes". É preciso atingir investimentos perenes nos esportes. [...] O Estado e as empresas públicas têm que bancar o acesso ao esporte".
Crozier: A ação coletiva é um construto social
“...prevê parcerias com estados e municípios com o objetivo de criar espaços para a formação de atletas.”
Reportagem 3:


Em caderno especial, 'Financial Times' destaca resistência do Brasil à crise
Caderno no jornal britânico fala do consumo no país. Crises no Congresso também são examinadas pelo diário.A-

O jornal britânico de economia “Financial Times” publica nesta terça-feira (7) caderno especial de quatro páginas sobre o Brasil. Com a reportagem principal intitulada “Dançando através da crise econômica global”, o especial destaca a resistência da economia brasileira à crise.

O “FT” destaca que o consumo resiste a cair no país apesar da crise e fala do crescimento no Nordeste. No entanto, diz o jornal, a indústria automotiva sofreu com a falta de crédito e as vendas de carros só melhoraram após o governo injetar dinheiro na economia e reduzir imposto sobre os veículos. Segundo o jornal, o Brasil é “uma democracia madura, com uma economia diversificada, uma população jovem e adaptável que comemora empregos cada vez mais estáveis e renda em alta”.
            Por outro lado, o “FT” diz que “também é um Brasil em que velhos meus hábitos demoram a morrer e onde autoridades ainda se contentam em, como diz a expressão brasileira, empurrar problemas fiscais complicados com a barriga”. “E o fato de que o Brasil parece estar saindo da crise global mais rápido que o esperado não significa que nenhum estrago foi feito e nem que o país está imune a novas retrações globais”, afirma o jornal.  A reportagem destaca ainda que o governo recentemente passou a ter déficit em vez de superávit primário e que a lista de reformas consideradas estratégicas desde o governo de Fernando Henrique Cardoso ainda não foram feitas. Outro texto do especial do “FT” fala sobre as crises na política brasileira, destacando as acusações recentes a José Sarney, presidente do Senado. “É difícil reconciliar essa ganância e corrupção antigas com o Brasil moderno emergindo no palco mundial como um exemplo de governo de sucesso. No entanto, esses dois Brasis coexistem”, diz o jornal. 

Mantega
O jornal publica ainda uma entrevista com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em que ele destaca as medidas tomadas pelo governo contra a crise, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre carros, material de construção e eletrodomésticos, injeção de dinheiro na economia.
O ministro disse ainda que o governo
vai reduzir os custos do emprego no país, abolindo encargos de 25,5% sobre os salários, pagos pelos empregadores.

Mercados
Um dos textos do especial do “FT” diz que, no auge da crise, apesar de investidores terem vendido em massa seus ativos, os mercados funcionaram. O jornal destaca as regras mais rígidas no país do que em países desenvolvidos, que ajudaram a manter as bolsas funcionando através da crise. O “FT” diz que a BM&FBovespa age como câmara de compensação entre as partes que negociam na bolsa, aumentando a confiança nas operações. Além disso, operadores têm que informar as autoridades sobre as posições de seus clientes e fundos têm que se registrar junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e informar sua estratégia de investimento.
Os bancos também operam de forma mais conservadora no Brasil do que em outros países, segundo o jornal. Mas, para o “FT”, as autoridades ainda enfrentam desafios como baixar o “spread” (diferença entre os juros pagos pelos bancos para captar dinheiro e os juros cobrados dos clientes).

Portal G1 Globo - São Paulo - 07/07/09 - 10h45 - Atualizado em 07/07/09 - 10h56
Características da Burocracia
Max Weber
Onde encontrada:


Caráter legal das normas e regulamentos: baseado em legislação própria. Regras e normas previamente estabelecidas.


“O jornal destaca as regras mais rígidas no país do que em países desenvolvidos, que ajudaram a manter as bolsas funcionando através da crise”.
Objetivos explícitos e estrutura formalizada

“...operadores têm que informar as autoridades sobre as posições de seus clientes e fundos, têm que se registrar junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e informar sua estratégia de investimento”.

Disfunções da Burocracia

Onde encontrada:


Selznick: A burocracia não é rígida e estática, mas sim adaptável e dinâmica, adaptando-se ao ambiente externo.

“...medidas tomadas pelo governo contra a crise, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre carros, material de construção e eletrodomésticos, injeção de dinheiro na economia”.
Merton: Contradições produzem tensões nas organizações
“acusações recentes (...) ganância e corrupção (...) Brasil moderno, esses dois Brasis coexistem”
















Referências






 Motta, Fernando Cláudio Prestes; Vasconcelos, Isabella F. Gouveia de. Teoria Geral da Administração - 3ª Edição. 2006. Editora Thomson Pioneira

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