O primeiro ciclo economico do Brasil foi a extração do
pau-brasil. A atividade era realizada pelos portugueses que se utilizavam da
força de trabalho indígena para o corte e o carregamento da madeira. Já o seu
segundo ciclo econômico foi o do plantio da cana-de-açúcar que era baseado na
estrutura latifundiária e na monocultura, tendo como mão de obra os escravos
africanos. Contudo, o trabalho deu origem a uma outra atividade comercial, o
tráfico negreiro.
O século XVII, foi marcado pelas expedições
denominadas Entradas e Bandeiras, que buscaram no interior brasileiro metais
valiosos, como o ouro, a prata e o cobre, e pedras preciosas, diamantes e
esmeraldas que só foi encontrado no início do século XVIII, entre 1709 e 1720,
na região que daria origem aos Estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. A
corrida pelo Ouro motivou a vinda de portugueses e o processo de povoamento das
regiões interioranas no país desde 1580 e 1640, quando o domínio espanhol e a
falta de escravos impulsionaram os bandeirantes a desbravarem os sertões.
A
produção do café foi a atividade econômica que alavancou o Brasil do início do
século XIX até os anos de 1930. A tradição cafeeira, trazida da Guiana Francesa
por Francisco de Melo Palheta, foi introduzida no país através de sementes
contrabandeadas. Logo o produto começou a ser cultivado no Vale do Paraíba,
localizado entre o Rio de Janeiro e São Paulo, e nas zonas de terra roxa do
interior de São Paulo e do Paraná. O sucesso do plantio foi tanto, que o grão
foi o principal produto brasileiro de exportação durante quase cem anos.
A
exploração da seiva da seringueira também tornou-se um negócio rentável em
meados do século XIX, na região Amazônica. O material, que pode ser
transformado em borracha, começou a ser utilizado na indústria europeia e
americana.
Após
um período de crise na cafeicultura, as infraestruturas usadas anteriormente na
produção de transporte do café foram empregadas na produção industrial. No
início, a indústria brasileira limitava-se a fabricar produtos que exigiam
pouca tecnologia, como tecidos, alimentos, sabão e velas.
Em
1930, o então presidente brasileiro, Getúlio Vargas, realizou grandes mudanças
no cenário político do país, afastando do poder do estado oligarquias
tradicionais que representavam os interesses agrários comerciais. Com a
iminente Revolução Industrial, Vargas incentivou o desenvolvimento da indústria
e a substituição de mão-de-obra imigrante pela nacional, que era formada no Rio
de Janeiro e em São Paulo devido ao êxodo rural proveniente da decadência
cafeeira.
Outro
grande marco para o crescimento da nação foi o fim da Segunda Guerra Mundial,
em 1945. Nessa época, como a Europa não podia exportar, pois tinha sido
devastada pelos conflitos, o Brasil precisou investir em seu parque industrial
para realizar a industrialização por substituição de exportação. A partir daí,
o país ingressou efetivamente no processo, deixando de ser um país
essencialmente produtor primário para um estado industrial e urbano.
Com a
posse do presidente Jucelino Kubitschek foi implantado o Plano de Metas do seu
governo, que programou investimentos para o período de 1956 a 1961 com o
intuito de ampliar e diversificar a indústria. Esses investimentos
concentraram-se nos setores de energia, transporte, comunicação e insumos
básicos. Durante esses anos, foram montadas as indústrias de automóveis, de
material elétrico, mecânica, construção naval e outras indústrias de bens de
capital, aumentado a produção de insumos básicos, como petróleo, siderurgia,
metais não ferrosos, celulose, papel e química pesada.
Entre
1969 e 1973, aconteceu o chamado "Milagre Econômico" no país, que
tratou-se de um crescimento acelerado da indústria, gerando empregos e ampliando a concentração da renda. No
entanto, o desenvolvimento continuou restrito ao eixo Rio-São Paulo, atraindo
para o Sudeste a população das partes mais pobres do país.
Já a
partir década de 1970, a soja foi o insumo que impulsionou a economia de
exportação. Sua produção foi realizada através da monocultura extensiva e
mecanizada, o que provocou desemprego no campo e lucros para o agronegócio,
mercado recente até então. Nesse mesmo período, o preço do barril de petróleo
sofreu um grande aumento, decidido pelo cartel formado pelos países
exportadores do recurso, causando a recessão de parte das economias mundiais. A
situação acarretou na contração do comércio internacional, onde os preços das
exportações brasileiras despencaram.
Da
crise do petróleo aos dias atuais, foram implementados diversos planos
econômicos e estratégias que visavam conter a inflação e as dívidas interna e
externa do país. Contudo, por causa do baixíssimo desempenho do produto agregado
nos anos 1980, o período foi considerado “a década perdida”, ao contrário da
anterior. O auge da estabilidade econômica brasileira iniciou-se em 1994 com o
lançamento do Plano Real, que garante o desenvolvimento do país até hoje.
Fonte: Portal Luso Africa; Brasil Escola;
Revista Brasileira de Política Internacional
Adaptado do site:
http://www.sppert.com.br/Artigos/Brasil/Economia/Hist%C3%B3ria_Econ%C3%B4mica_do_Brasil_/
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