Locais de negociação de peixes - Análise Microeconômica - Blog do Estudante de Atuariais

sexta-feira, 22 de março de 2019

Locais de negociação de peixes - Análise Microeconômica


Com uma extensão continental, o Brasil possui 8 bacias hidrográficas, 13% da água doce mundial, além de uma imensa costa que percorre 17 estados brasileiros. Com este potencial aqüífero, o país produziu, em 2010, 1 milhão de toneladas de peixes, o que significa 0,03% dos 93 bilhões de dólares comercializados no mundo.
            Para elencarmos os principais locais de encontro para negociação e trocas e saber quem são os compradores e vendedores neste negócio em franca expansão, faremos, a seguir, uma síntese do panorama nacional.
            Os parques aquícolas estão se constituindo em grandes produtores de peixes e, desta forma, começa ali, a negociação em muitos estados brasileiros.
            Os microprodutores repassam sua produção para a população e também para consumo próprio, se existem muitos destes microprodutores em uma determinada região, pode-se observar a concorrência perfeita. A produção e o consumo, neste caso, não tem uma delimitação geográfica, pois, pode-se perceber, inclusive a troca entre os produtores, a Amazônia é um bom exemplo.
            No norte do país, por carecer de atividades econômicas sustentáveis e depender de pesca artesanal, que é sazonal e está cada vez mais decadente. Está se investindo na produção de peixe em cativeiro, que pode ser feita em tanques ou diretamente nos cercamentos de áreas nos rios. Transportados aos grandes centros para comercialização in natura nos mercados públicos.
            Representando os estados do nordeste, citamos o Sergipe e o Piauí. Este último realiza o Festival do Caranguejo. Um bom exemplo, pois neste festival é transformado e comercializado em pratos típicos. São criados e vendidos aos hotéis e restaurantes por cooperativas de catadores.
            Em Vitória, ES, na região sudeste, os pescadores receberam treinamento e estão se transformando em piscicultores. Desta forma, eles se juntam e compõem associações com o objetivo de comercializar em restaurantes das próprias associações. Quando o peixe é colocado no prato, preparado de qualquer forma que seja, agrega-se valor ao produto, resultando em maiores lucros.
            Estado famoso por abrigar uma grande quantidade de rios, lagos e lagoas o Mato Grosso do Sul é referência em comercialização de pescado. Deste estado podemos destacar a produção na forma de pesque-pague, a maior parte dela segue para os estados da região sul mais os estados de São Paulo e Minas Gerais.
            Além destas culturas supracitadas, observamos diversos meios de negociação: como os mercados públicos nas capitais dos estados, as feiras que alavancam as vendas na época da semana santa, os supermercados que comercializam das mais variadas formas: inteiro, em posta, filé e congelado. Nas regiões portuárias existem feiras e mercados. Os pescadores de fim-de-semana, que pescam para o próprio consumo. Ou os mais recentes, como as temakerias, que trazem os pratos da culinária japonesa para o ocidente.
            Isto posto, pode-se concluir que existem diversos tipos de peixes, produzidos de formas variadas em todas as regiões do Brasil, mesmo assim, a oferta de peixe para o brasileiro é insuficiente, pelos mais diversos motivos. De qualquer forma, a demanda é grande e o investimento é retorno garantido, apesar da desconfiança na higiene e da falta de cultura na hora escolher a carne para a compra.


Região Macronorte do Estado do RS


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