ESTUDO SOBRE AS FINANÇAS PÚBLICAS DA UNIÃO - 2008 - INDICADORES SÓCIO-ECONÔMICOS - Blog do Estudante de Atuariais

sexta-feira, 17 de maio de 2019

ESTUDO SOBRE AS FINANÇAS PÚBLICAS DA UNIÃO - 2008 - INDICADORES SÓCIO-ECONÔMICOS


·         Trabalho e Renda:
Tivemos nos últimos 15 anos um aumento lento e gradual do nível de desemprego no mercado de trabalho. Em janeiro de 1991 tínhamos 5,67% da população economicamente ativa desempregada, segundo o IBGE, e no mesmo período de 2008 tínhamos 7,9%. Esta aumento ao longo do últimos 17 anos, pode ser explicado por uma mudança estrutural na economia brasileira, a qual acabou aumentando o nível de desemprego. Podemos ver no gráfico abaixo a evolução do desemprego.






Podemos citar também que o desemprego é maior entre as mulheres e a população negra, que além de terem menos oportunidade, quando empregadas acabam ganhando menos do que a população branca em geral, mesmo que exercendo a mesma função.
Outra fato interessante nos que se refere a parte do trabalho no país, é o custo previdenciário, que está entre os mais altos (pra não dizer o mais alto) do mundo. No gráfico abaixo temos uma comparação entre diversos país do gasto previdenciário (%) do Pib em relação a população com mais de 65 anos.
 









Quanto à questão da renda, o país possui uma forte concentração, o que acaba causando uma disparidade enorme entre os mais ricos e o mais pobres. Atualmente conforme dados do FMI e do Banco Mundial, a renda per capita brasileira é de 8.020 dólares/ano, quase a metade da Argentina com 12.460 dólares.  Hoje, no Brasil, cerca de 49 milhões recebem até meio salário mínimo per capita, cerca de 54 milhões de brasileiros não possuem rendimento, esses são considerados pobres. As disparidades são explícitas entre regiões e estados brasileiros, no nordeste 51% da população vive com até meio salário mínimo, ao contrário da região sudeste que é de apenas 18%. Outra desigualdade está entre homens e mulheres, pois as mulheres são em média mais pobres que os homens.
Abaixo podemos ver o PIB (renda) per capita por região. Conseguimos visualizar, conforme já comentamos anteriormente, que existe uma forte concentração de renda na região Sul e Sudeste, enquanto que o Norte e o Nordeste têm uma renda per capita consideravelmente baixa.









No gráfico abaixo, conseguimos ver a evolução da renda per capita nos últimos anos, e observar o seu crescimento. De 1999 até 2005 a renda per capita teve um crescimento superior a 80%. No entanto, muitas vezes este crescimento da renda não é por igual, ou seja, a parcela mais pobre da população acaba não tendo sua renda aumentada. Apesar de que nos últimos anos, com a expansão do programa Bolsa Família, que tem como objetivo distribuir renda as famílias mais pobres, se viu uma elevação significativa da renda dos menos favorecidos.









·         Habitação:
Como já foi comentado anteriormente, atualmente cerca de 85% da população brasileira vive em cidades e é considerada urbana. Ao longo dos últimos anos tivemos uma relativa melhoria nas condições gerais das habitações, sobretudo no que se refere à questão da energia elétrica e acesso a telefonia fixa. No entanto, ainda continuamos com um problema crônico, no que se refere na precariedade das moradias situadas nas periferias das grandes cidades, onde o número das favelas tem aumentado significativamente ano a ano. Na maioria destas periferias, as pessoas ainda têm que conviver com condições subumanas, causadas pela falta de sistema de água e esgoto, além do risco de desabamentos, já que, na maioria das vezes, as moradias são construídas em locais inadequados. Na tabela abaixo podemos visualizar a evolução do número de residências atendidas por alguns serviços considerados essenciais para o bem estar social:









Na tabela abaixo conseguimos analisar as despesas per capita da união referente à habitação. Podemos ver que o investimento cresceu significativamente nos últimos anos, mas o valor continua sendo relativamente baixo.









·         Agropecuária:
O Brasil conta com um setor agropecuário muito forte, em grande parte beneficiado pelo seu clima favorável, além da enorme quantidade de terras.  Desde 1980, com a mecanização de muitas áreas, tivemos um aumento da produção e uma diminuição do pessoal empregado no campo, o que, foi um dos fatores do “inchaço” das grandes cidades. O Brasil sofre com uma concentração de terras muito grandes, ou seja, existem poucos detentores de grandes extensões de terra, enquanto a maioria dos agricultores possuem áreas relativamente pequenas. A Reforma Agrária é uma luta antiga, mas que muitas vezes é confundida com banditismo já que os métodos usados pelos movimentos, ditos sociais, são muitas vezes questionáveis e beiram o fora da lei. O Governo vem incentivando nos últimos anos a agricultura familiar, no entanto este modelo acaba sendo menos produtivo que os latifúndios.
Atualmente, conforme último censo agropecuário do IBGE em 2006, o país possui cerca de 5.204.130 estabelecimentos agropecuários numa área total de 354.865.534 hectares. Em termos de importância, se destacam as regiões Centro-Oeste e Sul, além do Sudeste pelo seu potencial econômico. A agricultura e os setores “aliados” correspondem hoje por 5,1% do PIB, tendo grande importância na balança comercial do país, já que grande parte da produção é destinada à exportação. O Brasil figura entre os maiores produtores mundiais de carne bovina e suína, café, soja, milho e feijão entre outros.




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