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Trabalho e Renda:
Tivemos nos últimos 15 anos um aumento lento e gradual do nível de
desemprego no mercado de trabalho. Em janeiro de 1991 tínhamos 5,67% da
população economicamente ativa desempregada, segundo o IBGE, e no mesmo período
de 2008 tínhamos 7,9%. Esta aumento ao longo do últimos 17 anos, pode ser
explicado por uma mudança estrutural na economia brasileira, a qual acabou
aumentando o nível de desemprego. Podemos ver no gráfico abaixo a evolução do
desemprego.
Podemos citar também que o desemprego é maior entre as mulheres e a
população negra, que além de terem menos oportunidade, quando empregadas acabam
ganhando menos do que a população branca em geral, mesmo que exercendo a mesma
função.
Outra fato interessante nos que se refere a parte do trabalho no país, é
o custo previdenciário, que está entre os mais altos (pra não dizer o mais
alto) do mundo. No gráfico abaixo temos uma comparação entre diversos país do
gasto previdenciário (%) do Pib em relação a população com mais de 65 anos.
Quanto à questão da renda, o país possui uma forte concentração, o que
acaba causando uma disparidade enorme entre os mais ricos e o mais pobres. Atualmente conforme dados do FMI e do Banco Mundial, a
renda per capita brasileira é de 8.020 dólares/ano, quase a metade da Argentina
com 12.460 dólares. Hoje, no Brasil, cerca de 49 milhões recebem até meio
salário mínimo per capita, cerca de 54 milhões de brasileiros não possuem
rendimento, esses são considerados pobres. As disparidades são explícitas entre
regiões e estados brasileiros, no nordeste 51% da população vive com até meio
salário mínimo, ao contrário da região sudeste que é de apenas 18%. Outra
desigualdade está entre homens e mulheres, pois as mulheres são em média mais
pobres que os homens.
Abaixo podemos ver o PIB (renda) per capita
por região. Conseguimos visualizar, conforme já comentamos anteriormente, que
existe uma forte concentração de renda na região Sul e Sudeste, enquanto que o
Norte e o Nordeste têm uma renda per capita consideravelmente baixa.
No gráfico abaixo, conseguimos ver a evolução
da renda per capita nos últimos anos, e observar o seu crescimento. De 1999 até
2005 a
renda per capita teve um crescimento superior a 80%. No entanto, muitas vezes
este crescimento da renda não é por igual, ou seja, a parcela mais pobre da
população acaba não tendo sua renda aumentada. Apesar de que nos últimos anos,
com a expansão do programa Bolsa Família, que tem como objetivo distribuir
renda as famílias mais pobres, se viu uma elevação significativa da renda dos
menos favorecidos.
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Habitação:
Como já foi comentado anteriormente,
atualmente cerca de 85% da população brasileira vive em cidades e é considerada
urbana. Ao longo dos últimos anos tivemos uma relativa melhoria nas condições
gerais das habitações, sobretudo no que se refere à questão da energia elétrica
e acesso a telefonia fixa. No entanto, ainda continuamos com um problema
crônico, no que se refere na precariedade das moradias situadas nas periferias
das grandes cidades, onde o número das favelas tem aumentado significativamente
ano a ano. Na maioria destas periferias, as pessoas ainda têm que conviver com
condições subumanas, causadas pela falta de sistema de água e esgoto, além do
risco de desabamentos, já que, na maioria das vezes, as moradias são
construídas em locais inadequados. Na tabela abaixo podemos visualizar a
evolução do número de residências atendidas por alguns serviços considerados
essenciais para o bem estar social:
Na tabela abaixo conseguimos analisar as
despesas per capita da união referente à habitação. Podemos ver que o
investimento cresceu significativamente nos últimos anos, mas o valor continua
sendo relativamente baixo.
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Agropecuária:
O Brasil conta com um setor agropecuário
muito forte, em grande parte beneficiado pelo seu clima favorável, além da
enorme quantidade de terras. Desde 1980,
com a mecanização de muitas áreas, tivemos um aumento da produção e uma
diminuição do pessoal empregado no campo, o que, foi um dos fatores do
“inchaço” das grandes cidades. O Brasil sofre com uma concentração de terras
muito grandes, ou seja, existem poucos detentores de grandes extensões de
terra, enquanto a maioria dos agricultores possuem áreas relativamente
pequenas. A Reforma Agrária é uma luta antiga, mas que muitas vezes é
confundida com banditismo já que os métodos usados pelos movimentos, ditos
sociais, são muitas vezes questionáveis e beiram o fora da lei. O Governo vem
incentivando nos últimos anos a agricultura familiar, no entanto este modelo
acaba sendo menos produtivo que os latifúndios.
Atualmente, conforme último censo agropecuário
do IBGE em 2006, o país possui cerca de 5.204.130 estabelecimentos
agropecuários numa área total de 354.865.534 hectares.
Em termos de importância, se destacam as regiões Centro-Oeste e Sul, além do
Sudeste pelo seu potencial econômico. A agricultura e os setores “aliados”
correspondem hoje por 5,1% do PIB, tendo grande importância na balança
comercial do país, já que grande parte da produção é destinada à exportação. O
Brasil figura entre os maiores produtores mundiais de carne bovina e suína,
café, soja, milho e feijão entre outros.
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